Hoje tive de dizer não a alguém.
Fazer desmoronar uma parte dos seus sonhos, roubar-lhe algo a que se agarrou, soube-o à pouco, por bastante tempo.
Disse-lhe que tinha feito o melhor em dizer-me. Que era preferível saber finalmente com certeza que não valia a pena ficar a pensar em mim como algo mais do que um amigo. Que assim podia seguir com a sua vida.
O pior é que não tenho a certeza que tenha sido o melhor. Que, pelo que ficou implícito, para ele talvez fosse melhor ter-me ali eternamente como uma possibilidade do que saber claramente que a única coisa que poderá ter de mim é uma amizade. Que nunca teve alguém que o amasse verdadeiramente, e que apesar de ainda ser bem novo, me via como uma última oportunidade.
Custou-me perceber isso, como me custou dar-lhe a resposta. Via-me no lugar dele, se as posições se invertessem. Tive de lhe dizer, claro. Mas sei que lhe causei dor. Desilusão, pelo menos.
Espero sinceramente que ele venha a perceber um dia, como eu percebi, que mesmo no nosso mundo há lugar para amor verdadeiro. Pode não ser eterno, pode transformar-se numa amizade, pode até acabar simplesmente, mas é amor enquanto dura. E que esse amor virá para ele também, e será correspondido. Acredito que todos temos direito a alguma felicidade.
E não, não me esqueci que ainda estou a recuperar do último. Mas esse mesmo último, com fim e tudo, teve muito que me faz acreditar em cada palavra que acabei de dizer.
sábado, fevereiro 18, 2006
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