quinta-feira, outubro 30, 2008

Indoors vs. Outdoors

O dia está cinzento, frio e chuvoso. Para qualquer pessoa, é complicado andar na rua com um tempo destes. Para o pessoal da minha empresa, que trabalha ao ar livre, e depende das boas graças das condições climatéricas, é um dia em que grande parte deles acaba por vir para o escritório, fazer trabalhos que bem precisam de ser acabados mas para os quais nunca há tempo.

Para mim, esta gente toda a trabalhar à minha volta significa um aumento significativo no nível de decibéis e a diminuição proporcional na minha capacidade de concentração. Só agora, na hora do almoço, é que a calma me envolve… mas não a posso aproveitar. Nem ao aconchego de estar dentro de portas. É que faltou a luz agora há pouco, e a menos que queira comer comida quase congelada (o microondas sem electricidade é um mono inútil, quem diria?) vou ter de sair para o frio e a chuva.

O que vale é que vou almoçar com a mãe e a mana, que está de visita… Só espero que é que o restaurante não esteja também às escuras, ou vou acabar por voltar da rua esfomeado e gelado para um escritório cheio de confusão o resto do dia. Nem sei o que me apeatece mais, neste momento. Se o indoors, se o outdoors...

sexta-feira, outubro 17, 2008

O Magalhães

O Magalhães já dá cartas nas escolas portuguesas (principalmente porque, cortesia do Plano Tecnológico, é de borla para as criancinhas). Para quem não saiba, o Magalhães é o primeiro computador português. Não por ser primeiro fabricado por portugueses, porque não foi; a Intel já fazia uma versão quase, quase igualzinha. Não por ter sido inventado por um português; o senhor Nicholas Negroponte já o tinha inventado ainda antes da Intel. Nós nem sequer fabricamos o processador que é o coração do Magalhães… vem direitinho… da Intel.

O Magalhães é o primeiro computador português porque em nenhum país a não ser no nosso o computador seria apresentado aos professores da forma que foi… com “acções de formação” em que carradas de professores acabaram a cantar o “Malhão do Magalhães” ou o “Esta vida de Magalhães está a dar cabo de mim”, ou mesmo a fazer números de circo… e onde a condescendência dos “formadores” estrangeiros foi criminosamente patente.

O Magalhães é a prova de que, mais uma vez, somos com certeza os primeiros em tudo… menos na Inteligência.

P.S.1 – Isto não tem nada a ver contigo, ò MaG.alhães!
P.S.2 – Só agora é que percebi que o computador Magalhães se chama assim porque podemos navegar com ele. Ah, as maravilhas de termos sido uma potência mundial há centenas de anos atrás…

sábado, outubro 11, 2008