quinta-feira, março 22, 2007

O dia faz-se de noite

Ontem acordei depois da hora. Pedrado de sono, cambaleei até à casa de banho, e despachei-me à pressa. Vesti-me, também a correr, e sem tomar pequeno-almoço disparei escada abaixo. Quando cheguei ao carro aproveitei para acabar de abrir os olhos. A caminho do escritório, só rezava para não apanhar trânsito, ou chegava (ainda mais) tarde. Bem-vindos a um dos meus dias normais.

Não durmo o suficiente. Nunca durmo o suficiente. Resta saber porquê. Tenho uma cama, tenho um quarto sossegado (menos ao fim de semana – os meus vizinhos do lado são grandes fãs de trance em volume máximo). Ninguém me obriga a ficar acordado até às tantas. O que é certo é que há muito tenho os ciclos de vigília/repouso todos desregulados, com a quantidade de consequências que daí advém.

À conta disso, passo muitas vezes uns dias desgraçados. Com falta de concentração, falta de rendimento, falta de pachorra. Acordo irritadiço, com vontade de ficar mais tempo na cama. Estou sempre sem energia e com vontade de me encostar a um canto e dormir. Muitas vezes, nem nos apercebemos da influência que a forma como descansamos tem no nosso dia desperto. Acho que, se descansasse o suficiente, parte da minha vida seria bem diferente.

Isso eu sei. Resta fazer.

Ontem, o resto do dia correu com de costume. Sonolento, fui trabalhando… Almoço… Os olhos teimavam em fechar quando olhava para o monitor, mas consegui não deixar pender a cabeça mais do que duas ou três vezes. Depois saí, fui jantar e fui para casa… O serão ainda demorou, claro, que por mais sono que tenha tenho ainda mais alergia a deitar-me cedo. Parece um desperdício de tempo, aquele que se passa a dormir. É estúpido, porque acaba por ser o contrário. Menos tempo de repouso significa menos qualidade de vida, e menos tempo de vida, mesmo, porque o corpo não se regenera todos os dias como deveria. Num artigo que li ontem, a propósito do Dia Mundial do Sono, dizia-se que “muito prejudicial à saúde é a inversão do sono, não ter horas certas para dormir, ou deitar-se sempre após a uma da madrugada, porque se interrompe o ciclo biológico e é entre a uma e as três da manhã que se produzem substâncias como a melatonina, essenciais a um sono reparador”. Pelos vistos, há muito que o meu organismo não vê a melatonina… que pela descrição bem falta faz…

Ontem deitei-me à uma da manhã. O que é bom, comparando com a hora do costume. Não deixei de me levantar tarde; o cansaço acumulado é muito. Mas estou mais desperto, e sinto-me mais activo hoje. A ver se me convenço a mim próprio a continuar a fazê-lo, e me habituo. Essa era uma mudança de hábitos que só me fazia bem.

quarta-feira, março 21, 2007

Primavera

Já chegou. Disfarçada, mas já chegou.


quinta-feira, março 08, 2007

Gajas ao poder

Antes, foi assim. Lutava-se pela igualdade das mulheres. Elas eram oprimidas, tratadas como cidadãos de segunda. Elas queriam votar, queriam o seu lugar de direito na sociedade. Faziam greve, manifestações, comícios; eram presas, mas batiam-se por aquilo em que acreditavam.


Parece que sempre conseguiram alterar o status quo. Hoje em dia, as coisas são um bocado diferentes. Mas ainda temos feministas, ou se calhar, podemos dizer que temos as chamadas neo-feministas, que perpetuam o legado das primeiras. Hastearam a bandeira da independência, e são donas de si próprias.




Ex-strippers giras, boazonas, mexem-se que é uma maravilha e uma delas até sabe cantar. E segundo as próprias, não precisam de homens, por isso não são concorrência. O que mais se pode pedir?

Era disto que estavam à espera, não era, senhoras de 1900?

terça-feira, março 06, 2007

Ingratidão

Quando fazemos o nosso trabalho, e para mais quando o fazemos bem, gostamos de ser reconhecidos por isso. Merecemo-lo. Mas nem sempre acontece. É triste ver que há pessoas que não respeitam o trabalho dos outros, menosprezando quem deu o melhor de si.

A parte do pagamento, embora importante, nem sempre é a que faz mais falta. Mas quando esta não existe e ainda por cima sentimos que não se preocupam minimamente connosco e que o agradecimento que recebemos é uma palavra vazia, da boca pra fora, custa. Especialmente quando nos aplicamos e apesar de existirem várias contrariedades levamos a bom porto a tarefa que nos propusemos realizar.

Quem acaba por perder é quem tem esta atitude ingrata. Da próxima vez, leva um “não”. Sem “obrigado”.

quinta-feira, março 01, 2007