Ultimamente não devo estar em mim. Deixei uma das minhas primas levar-me a outro concurso de televisão. Participei e tudo. E esqueci-me de que as câmaras lá estavam 3 minutos depois de começar a gravar.
Há uns largos anos, havia um concurso na RTP apresentado por Fialho Gouveia, chamado Entre Famílias. Foi a primeira vez que assisti à gravação de um programa; um dos meus colegas de escola foi participar e o pessoal foi todo convidado. Basicamente, tratava-se de um duelo entre membros de duas famílias diferentes, respondendo a questões baseadas em inquéritos feitos a cem pessoas distintas. As respostas dadas não deverão ser o que está certo, mas o que essas pessoas responderam.
O programa “Em Família”, iniciado recentemente, tem a mesma mecânica de jogo. O apresentador, para aqueles que trabalham e não estão em casa às 7 da tarde (ou não estão para ver pessegadas), é o sr. Fernando Mendes. Gordinho, baixinho, engraçadinho (de piadas, claro, não de aspecto), simpático. Pronto.
Semanas atrás, fui com a mana e vários primos a um casting. Foi uma experiência divertida. Já tinha ido a outro, para o programa das sopas, mas este foi em conjunto e logo teve o dobro da piada. Pelos vistos não devemos ter feito muito má figura, porque nos chamaram para participar no programa (ou isso ou tinham falta de equipas, mas prefiro pensar que foi pela nossa disposição cintilante e apurado sentido de jogo).
A gravação foi num estúdio da RTP algures em Lisboa. Fomos penteados e maquilhados depois de algumas horas de espera. A minha pele, e não me estou a queixar, nunca tinha estado com um tom tão uniforme; espero que pareça natural, na televisão. Devo parecer mais gordo uns sete quilos, segundo o que me disseram. Ao menos vou aparentar um peso de gente.
Fomos encaminhados ao estúdio e briefados (vem de briefing – em inglês é mais caro). Os nossos oponentes eram simpáticos, e como nós estavam ali para se divertir. Começou a gravação, e logo se definiu um padrão: os outros estavam a sair-se melhor. Tentámos dar luta, mas em vão. Fomos eliminados. Foi a tragédia, o horror…
…ou nem por isso. A nossa prestação não foi fulgurante, mas apesar de estarmos a zeros quase até ao final não foi tão deprimente como se possa pensar. As respostas a dar são subjectivas e muitas vezes contra-intuitivas. Quando fizeram a pergunta “Ao que é que os portugueses são mais alérgicos?” ao grupo de teste, duas das respostas mais dadas foram Trabalho e Falta de dinheiro. Lógico, muito lógico.
A outra equipa foi à parte final do programa mas não conseguiu ganhar os 7.500€ que são o prémio final. Foi pena, e é um bocado frustrante morrer na praia. Por mim, saí de lá com 1/6 de 114€ (que vamos receber daqui a uns 6 meses) e uma torradeira. O dinheiro sempre vai dar para fazermos um jantar, e a torradeira, embora não a tenha experimentado, parece-me bastante boa. Nada mau, hein?
No fundo, foi fazer de maneira um pouco diferente o que fazemos em família quando temos ocasião, que é divertir-nos à volta de um jogo de tabuleiro como o Trivial Pursuit ou o Pictionary. O tabuleiro é que alterou um bocadinho, mas divertimo-nos na mesma.
quinta-feira, abril 20, 2006
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1 comentário:
Qualquer dia é ver o sr a apresentar um programa de televisão. Hush, hush! Não havia nexexidade ezzz.
Lol, falando agora a sério, fazes tu muito bem. Aliar a hipotese de ganhar dinheiro com divertimento sem qualquer risco de perder algo é sempre de aproveitar. Pena foi que não tenhas ganho mais dinheiro.
Quando é o próximo? Lol!
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