No seguimento de um fim de semana movimentado, pela lei das compensações, deveria ter tido um início de semana mais calminho.
Devo ter uma costela de fora-da-lei, porque a raça da Segunda-Feira foi tudo menos calma.
A manhã foi o terminar do trabalho do fim de semana. A correria do costume. Tirar fotocópias, verificação de última hora, encadernar os processos, lacrar envelopes (e empestar o escritório todo – na opinião dos meus colegas, lacre dá uma grande moca, mas geralmente estou esgazeado demais nesta recta final para notar). Tudo em passo acelerado. Almoçar (se se pode chamar a enfiar na boca o conteúdo de um prato de comida em menos de 3 minutos almoçar) a seguir, e meter no carro da empresa para fazer quase duma assentada o caminho da Margem Sul até à Figueira da Foz.
Cheguei bem à Figueira. Até encontrei o meu destino com facilidade, graças às indicações surpreendentemente simples e exactas de um agente da autoridade a quem pedi informações. Entreguei os documentos a tempo e horas, e atipicamente com alguma margem de manobra. Pronto. Já podia descansar.
Pois podia. Mas a parte mais movimentada do dia ainda não tinha começado.
Aproveitei para relaxar e lanchar na Figueira. Depois do stress, bem merecia. Estive até uns minutos na praia, no extenso areal que é uma das atracções da cidade, e onde se estava maravilhosamente com o calorzinho do óptimo dia que se fazia sentir. Depois, meti-me a caminho para voltar.
Vou escrever telegraficamente a partir daqui.
Autoestrada. Muito movimento. Mais autoestrada. Saída para estação de serviço. O carro derrapa. Eu travo. Ele não pára. Dá de traseira. Derrapagem de lado até ao rail. Frente do carro em péssimo estado. Fico esgazeado (desta sem lacre). Tiro o carro do meio do caminho. Ligo ao chefe. Vem a assistência da Brisa. Preenche relatório. Falo com o chefe. Vem a Brigada de Trânsito. Preenche relatório. Sopro no balão. Falo com o chefe. A BT chama reboque. Vou comprar máquina fotográfica a pedido do chefe. Não há máquinas na bomba. Não há fotos do rail danificado. Chega o reboque n.º1. Falo com assistência em viagem. Não cobrem reboques chamados pela BT. Vai embora o reboque n.º1. Falo com assistência em viagem. Dizem que vão mandar reboque e táxi. Espero. Falo com o chefe. Falo com os pais. Chega o reboque n.º2. Carrega o carro. Nada de táxi. Vai embora o reboque n.º2. Espero. Chega o táxi. Viagem da Nazaré até Almada. Chego ao escritório. Pego no meu carro. Caminho até casa dos pais. Janto. Deito-me.
Despistei-me às 18.50h. Cheguei a casa dos pais depois da meia-noite.
Uma segunda-feira assim foi um bom prenúncio para o resto da semana...
quinta-feira, abril 06, 2006
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1 comentário:
Bem...realmente que segunda-feira que tiveste. Realmente a ti agora tudo se passa à velocidade da luz. Mas já reparaste uma coisa? Tens dado conta dos recados todos. E isso é muito bom. Se tinhas dúvidas das tuas capacidades em momentos de stress, aí está a resposta.
Apesar de ficar com pena com tudo o que te aconteceu, fico ao mesmo tempo feliz por estares bem fisicamente e por teres conseguido resolver tudo. Ou não fosses tu a pessoa que eu conheço e de quem gosto tanto.
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