Etapas do fim de semana: trabalho, desfile, afterparty, almoço de família, festa de aniversário do mano, trabalho.
Se algumas coisas da lista parecerem deslocadas, é favor ignorar. É o que eu faço, embora não devesse.
Este fim de semana estive num desfile de moda, mas não o vi acontecer.
A parte que vi foi o que está por trás. Os bastidores. A preparação demorada por que toda aquela gente tem de passar para um desfile que acontece a correr.
É complicado. Não vou falar da escolha da roupa, ou da preparação da coreografia ou da passerelle. Porque não assisti e porque também não quero dar opinião. Ao que assisti, foi ao pentear e à maquilhagem antes e durante o desfile.
Eram vinte modelos. Quinze raparigas e cinco rapazes. Todos a ser penteados e maquilhados antes. Para além disso haviam artistas, que tiveram de ser preparados também, assim como o apresentador. Uma carrada de gente.
Os penteados ficaram a cargo de uma equipa profissional de cabeleireiros. Senhoras muito profissionais, de nariz empinado e sem imaginação nenhuma. Num desfile que se queria artístico, foram verdadeiras pintoras de paredes no lugar dos Picassos necessários.
A maquilhagem foi outra estória. Sou parcial? Trata-se do namorado, afinal, por isso sou suspeito. Talvez, mas acho que não me engano, porque houveram muitas opiniões externas no final que o confirmaram, quando digo que a equipa, nomeadamente o A.R., fez um trabalho excepcional.
Demorou, mas correu tudo bem. Todos ficaram penteados e maquilhados a tempo e horas. A parte mais complicada ainda estava para vir. O desfile propriamente dito.
Foi um stress medonho. As entradas e saídas dos modelos sucediam-se a um ritmo alucinante, com necessidade de mudança de visual a cada uma das etapas. Foi o alterar quase instantâneo, por várias vezes, do trabalho feito ao longo de toda uma tarde. Foi o decidir em cima do joelho, porque não havia mesmo outra forma possível, apesar de existir um planeamento, do que resultaria melhor por cima de duas ou três maquilhagens anteriores.
Resultou. Muito bem mesmo. Toda a gente adorou. Menos o artista, claro. Para ele as coisas poderiam ter ficado bem melhores. Talvez pudessem, com muito tempo. Como as coisas decorreram, ele fez verdadeiros milagres.
Uma das coisas que achei fantástico no meio disto tudo foi ver que há pessoas, como o A.R., que vibram com o seu trabalho. Que o consideram um prazer necessário e não uma obrigação. Outra foi perceber que embora não tivesse feito nada a tarde toda, e a noite toda, a minha função era mais que importante: era estar ali para ele, a apoiá-lo, a transmitir-lhe confiança para que conseguisse ultrapassar uma etapa pessoal importante.
Adoro-te. Obrigado por me deixares entrar na tua vida.
quarta-feira, abril 05, 2006
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1 comentário:
Fico tão feliz pelo que li no teu blog...Por ti e pela pessoa de que falas. Visto para ele ter sido óptimo ter-te a seu lado e por que, como dizes, ele tem prazer naquilo que faz (quando teremos nós, não é amigo?). Para ti por veres a felicidade de quem gostas e por que isso também te faz feliz.
Por tudo isso, só posso dizer que ainda bem que ambos se conheceram.
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