Há dias assim. Umas vezes não estamos à espera e somos enterrados por contrariedades e problemas. Outras estamos preparados para o pior e afinal até aparecem uns raios de sol por entre as nuvens.
O ambiente no trabalho tem andado de cortar à faca. Não é de hoje, mas esta semana tem sido um pouco mais complicada. Por causa do chefe, por causa dos colegas, pelo trabalho em si. Ontem estava a contar com uma sexta-feira daquelas de fugir, com um volume de trabalho que não me ia dar tempo para respirar, e que se ia prolongar por TODO o fim de semana. E a minha colega preferida, a J., daquelas (poucas) que posso chamar mesmo amiga, voltou de férias para encontrar uma situação muito desagradável ao nível profissional.
E depois as nuvens afastaram-se.
Metade do trabalho que eu tinha entre mãos foi, milagrosa e surpreendentemente, transferido para a semana que vem. Tenho tempo para descansar minimamente este fim de semana! Yes!
O problema da J. não se resolveu ainda, mas passou para segundo plano quando recebeu a melhor notícia de todas. Por telefone, ontem a meio da tarde, disseram-lhe aquilo que mais queria ouvir. É um segredo, conhecido ainda de muito poucos, mas como nenhum de vocês a conhece (com uma excepção; mas tu já sabes mesmo, né?) acho que não estou a quebrar a confidência dela quando digo que, depois de anos de tentativas, a J. está finalmente grávida.
Quase que chorei ontem, que é uma coisa que não convém no local de trabalho. A J. chorou mesmo, discretamente, porque para ela ainda é uma coisa preciosa demais para ser apregoada aos sete ventos, ainda mais com a situação profissional no pé em que está. Fui dos poucos a quem foi confidenciado. Não que precisasse. Uma olhadela para a cara dela e soube logo.
Ela merece. Ela e o marido, que é um tipo para lá de porreiro também. Vendo-os juntos, ainda claramente apaixonados depois de largos anos de casamento, dou graças por nem toda a gente se estar a divorciar e a renunciar a uma vida em conjunto (que é infelizmente o panorama geral envolvendo o restante dos meus colegas).
Acabei a noite de forma também um pouco inesperada e muito fixe. Fui com o A.R. e as amigas dele à festa de aniversário do Teatro da Comuna. Só percebi realmente onde e ao que ia quando lá cheguei; por andar tão estressado, nem tinha tomado bem conhecimento. Foi o máximo. Música dos eighties, temperada com Hung Up e afins, muita gente gira, ambiente muito cool, e carradas de actores conhecidos. Afinal era o aniversário de um teatro. E alguns até fizeram figuras e tudo. Por isso deixei-me de inibições (que geralmente tenho fora de sítios temáticos) e dancei tal e qual como me apeteceu.
Depois de uma segunda-feira de susto, afinal na sexta sempre respeitei a lei das compensações. Só demorou um bocadinho mais.
sábado, abril 08, 2006
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