segunda-feira, abril 24, 2006

Dois Aniversários

Tive duas festas de aniversário este fim de semana.

Depois de um dia de Sábado a jogar Magic (sim, já passaram quatro meses desde a última vez), fui a um jantar de anos. Um jantar especial, porque se comemorava o aniversário do A.R..

A maior parte das pessoas importantes para o A.R. estava presente (e algumas delas são muito importantes para mim também). Foi um convívio muito agradável, mas o melhor foi mesmo ver o brilho nos olhos dele. Estava feliz. Muito, muito feliz. Apesar de algo que lhe faz muita falta. Apesar de algumas desilusões. Apesar da relutância em entrar nos trintas. Apesar de tudo isso, estava rodeado de amigos, de gente que lhe quer bem. Que mais se pode querer como presente de aniversário?

Depois do restaurante de comida indiana-barra-italiana, karaoke no Bairro Alto. Cantou a mana e um amigo do A.R., cantei eu e finalmente cantou ele. Eu sei que aquela música tem um significado para ti. E também sei que toda a gente te ouviu, até aqueles que não estavam presentes.

Acabámos a noite no MG. Depois de termos estado com os amigos dele, estivemos com os meus.



E só houve tempo de dormir, e passou-se ao segundo aniversário. Aí aconteceram duas coisas dignas de nota.

Primeiro: a S. fez festa!

É uma evolução, Amiga. Adorei o teu lanche, e adorei perceber que estavas perfeitamente à vontade no papel da anfitriã que tem prazer de receber os amigos em sua casa.
E numa nota privada, gostei muito do que me mostraste. Ficou muito bem e tens mais coragem do que eu.

Segundo: levei o A.R.. Como meu namorado, ainda que não abertamente.

Isto não quer dizer que estivemos de mãos dadas. Nem que o tratei de forma especial, para além de amigo. Mas percebe-se perfeitamente a intimidade. Percebe-se, pelas conversas que não estão lá. Pelos gestos que quase fazemos. E há sempre um ou dois olhares fugazes que não dão para disfarçar.
Não sei o que as outras pessoas presentes pensaram. Talvez tenham notado, mesmo porque nunca levei ninguém, em todos estes anos, e consequentemente estávamos os dois sob escrutínio. Mas se não quero chocar sensibilidades, também já estou cansado de viver a minha vida em função do que os outros sentem. Apeteceu-me levá-lo comigo. Gostei de tê-lo ao lado, e sei que da mesma maneira que ele faz questão de partilhar comigo cada parte da sua vida, também é importante para ele sentir-se integrado nos vários aspectos da minha. Se para isso tenho de dar a entender alguma coisa, tanto pior. Até porque as pessoas que me conheciam ali já tinham mais do que tempo de, se não saber, pelo menos suspeitar. E é a minha vida. Não a dos outros.

2 comentários:

rmixme disse...

Relativamente ao primeiro aniversário acho que correu tudo bem, sem nenhum momento menos bom, o que é raro.

No que diz respeito ao segundo aniversário gostei de saber dessa tua "afirmação". Afinal, o que temos a perder? Chega de pensarmos primeiro nos outros e depois em nós. Primeiro pensamos em nós, se isso depois causar problemas estamos cá para os resolver. Mas pelo menos fomos autênticos e verdadeiros para com nós próprios e para com os outros.

G. disse...

Só posso dizer, mas não quantificar, o quão feliz estou por te ver assim. Sabe bem ver o teu sorriso, saber que estás bem. É verdade, sente-se a onda de liberdade e paz de espírito que emanas.
Às vezes passamos por momentos menos bons q parecem que nunca mais acabam: "Tristeza não tem fim, felicidade sim" - Já dizia a musica do outro. Mas eis que de repente, "love is lost and love is found" - citação de outra mente brilhante - e o mundo volta a fazer sentido.
Este comentário pode não ter muito a ver com a natureza do post - e daí talvez terá - mas ainda não tinha tido oportunidade de o dizer, por isso, aqui fica o registo...
Estou muito feliz por ti, lindo!