Rui Unas. Vinte e seis modelos em trajes reduzidos com malas de dinheiro. Cento e cinquenta e seis concorrentes e respectivos acompanhantes aos gritos.
É o Pegar ou Largar!
Já tinha ido a gravações de programas antes. Tudo concursos. Mas já foi há algum tempo; o primeiro tinha sido ainda estava nos primeiros tempos da secundária. Claro que nunca fui participar, apenas assistir.
Mas este foi diferente. Este tem uma logística distinta dos anteriores. Não há meia dúzia de concorrentes, mas sim mais de 150. Cento e cinquenta e seis pessoas, a dobrar porque cada uma leva um acompanhante! Um feito conseguir que toda aquela gente vá ter ao estúdio, seja alimentada, se sente ordeiramente nos seus lugares, e depois colabore no programa com boa disposição.
Vamos por partes. Fui ter com a mana a Lisboa, e consegui chegar a horas(!) para embarcar num dos autocarros que nos levaram aos estúdios onde o programa foi gravado. Foi uma viagem de meia hora, sem incidentes, onde deu para perceber que vinha pessoal do Porto ou de Portimão, por exemplo, para participar no programa. Gandas malucos!
Chegámos ao recinto da produtora, onde nos esperava uma tenda, tipo casamento, onde nos deram uma sopita e um farnel. O pessoal parecia que estava na tropa, tudo na fila para receber a malga de sopa (Juliana. Bastante comestível). Aí a mana teve de preencher uma autorização a ceder os direitos de imagem. Eu não assinei; acho que depois de me ver na televisão vou tentar processar a produtora e sacar-lhes montes de dinheiro.
Depois de uma boa espera, levaram-nos até ao estúdio. Por fora parece um hangar. E é grande. Não tão grande como vai parecer na televisão, claro. O decór tem a sua piada, com alguns jogos de luzes (no mesmo estúdio estava guardado o cenário do programa do Herman – que ao vivo ainda parece mais pindérico).
Faço aqui um aparte para dar uma vez mais graças por não ser mulher. Tive de ir à casa de banho e a fila para o WC feminino era do tamanho da dívida externa de vários países sul-americanos combinados.
Finalmente, toda a gente sentada nos seus lugares. Tudo bem disposto mas ainda um bocado morno; aí entra o animador de serviço, ali exactamente para descontrair o ambiente e fazer o pessoal bater palmas e gritar nas alturas certas. E depois de tanto bater palmas na deixa, no final da noite estava com as mãos em brasa.
Por falar em brasas (ao que uma pessoa desce para escrever um texto com interligações inteligentes!) a primeira cena a ser gravada foi a das meninas a entrar com as suas malas, em fila indiana e arrumando-se no palco, culminando com a entrada do anfitrião. Ovação em pé, gritos e tudo. Tudo espontaneamente orquestrado. E repetido, porque uma das meninas tropeçou ao sair. C’est la vie.
Logo começámos a participar. O inefável Unas fez perguntas a que os concorrentes respondiam carregando num comando, bancada azul contra bancada vermelha. Nós, na qualidade de acompanhantes, podíamos apenas aconselhar.
A mana ficou logo por aqui. Ganhou a outra bancada. Nesta fase do jogo (como aliás no concurso quase todo) o saber individual de cada pessoa tem pouco a ver com a passagem à próxima fase; a sorte é que manda. Sorte de os companheiros de bancada não serem burros. Sorte de conseguir carregar mais cedo do que os outros. Sorte de acertar nas (poucas) perguntas que realmente contam, porque as outras são tão fáceis que toda a gente acerta.
Assim, com a bancada azul with the blues (mais um trocadilho de grande gabarito e internacional, ainda por cima) por ter perdido, passaram a degladiar-se os sectores 1, 2 e 3, que compunham a bancada vermelha. Não digo o resultado para manter o suspense para quem por acaso quiser ver, mas não foi o 2 que ganhou. Nem o 3.
E ainda não acabou...
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
O que mais me choca no meio disto tudo... É o facto de tu teres chegado a horas!!!!!
LOLOLOL
... Remarkable!!!
Eu vi logo... Só por uma pessoa se atrasar uns minutinhos uma vez ou outra é crucificada em hasta pública!
:P
Enviar um comentário