Sagres é uma Vila de Surf. Por todo o lado se vêem Surf Shops, carros com pranchas no tejadilho, rapazes com prancha debaixo do braço. O parque de campismo estava carregado delas e respectivos donos. Ironicamente, o único sítio onde não vi pranchas nestes dois dias deve ter sido a praia, porque (dah) não fui lá. A escolha de Sagres para a realização do Festival pareceu-me assim extremamente acertada, tanto do ponto de vista temático como logístico.
O recinto do Festival também foi bem pensado. Em vez do palco no meio de nenhures que mais ou menos esperava encontrar, deparei com um complexo bem montado, mesmo dentro da vila. Com a fortaleza de Sagres como pano de fundo, e utilizando o parque de estacionamento da mesma como área do festival (para que é que a fortaleza precisa de um parque de estacionamento tão grande, não faço ideia), havia mais do que espaço suficiente para o palco, para todas as estruturas de apoio (Cruz Vermelha, bares, stands de comida, stands promocionais e casas de banho), e claro, para os espectadores.
Foi uma experiência nova, esta de entrar num recinto desta natureza, especialmente quando ainda estava quase vazio, com excepção do pessoal técnico e dos artistas, em pleno soundcheck. O A.R. e eu andámos um pouco por ali, com as nossas novas pulseiras rosa choque no pulso (eram as pulseiras que nos identificavam como parte do staff, não um fashion statement), a tomar café e a bisbilhotar, antes de começarmos a trabalhar, ou mais propriamente, ele a trabalhar e eu a apoiar.
Estivemos no Stand da Chipmix, uma marca entre as outras presentes com espaços publicitários. Aí, juntamente com outras actividades e distribuição de bolachas, das quais acabei por trazer algumas (hei, são boas, o que é que querem? E depois se são de chocolate?), havia um espaço onde quem quisesse podia ficar com um desenho na pele, uma tatuagem temporária que saía passados uns três dias. O A.R. estava encarregue dos desenhos e eu de limpar pincéis, controlar a fila e registar o que ele fazia. Durante os dois dias, foram quase duzentas tatuagens, feitas entre algumas (escassas) pausas. Ficaram giras, e foram feitas em tempo record. Mais uma vez, pude comprovar que o namorado é bom naquilo que faz, em tudo o que se propõe a fazer. Mas isso eu já sabia.
O que não sabia, ou pelo menos não tinha certeza era se, com todos os contratempos que já descrevi, o balanço das mini-férias ia ser positivo.
A resposta, mais do que sim, é SIM.
O chão era duro, mas adorei acordar ao teu lado.
A noite era cerrada, mas adorei fazer o caminho de mão dada contigo no escuro.
O percurso foi longo e debaixo de sol, mas adorei transportar as malas lado a lado contigo.
O trabalho foi muito, mas adorei ajudar-te no que pude e sentir que ajudei por estar lá.
Nem tudo tem de ser como planeamos para ser bom. E se nas dificuldades estiverem dois, como estão nas alegrias, então as coisas já não são tão difíceis.
Adoro-te. Em Sagres ou noutro lado qualquer.
E no próximo post, dúvidas existenciais. Não percam mesmo porque é capaz de ser o último, e já me disseram que este é que vai ser giro.
O recinto do Festival também foi bem pensado. Em vez do palco no meio de nenhures que mais ou menos esperava encontrar, deparei com um complexo bem montado, mesmo dentro da vila. Com a fortaleza de Sagres como pano de fundo, e utilizando o parque de estacionamento da mesma como área do festival (para que é que a fortaleza precisa de um parque de estacionamento tão grande, não faço ideia), havia mais do que espaço suficiente para o palco, para todas as estruturas de apoio (Cruz Vermelha, bares, stands de comida, stands promocionais e casas de banho), e claro, para os espectadores.
Foi uma experiência nova, esta de entrar num recinto desta natureza, especialmente quando ainda estava quase vazio, com excepção do pessoal técnico e dos artistas, em pleno soundcheck. O A.R. e eu andámos um pouco por ali, com as nossas novas pulseiras rosa choque no pulso (eram as pulseiras que nos identificavam como parte do staff, não um fashion statement), a tomar café e a bisbilhotar, antes de começarmos a trabalhar, ou mais propriamente, ele a trabalhar e eu a apoiar.
Estivemos no Stand da Chipmix, uma marca entre as outras presentes com espaços publicitários. Aí, juntamente com outras actividades e distribuição de bolachas, das quais acabei por trazer algumas (hei, são boas, o que é que querem? E depois se são de chocolate?), havia um espaço onde quem quisesse podia ficar com um desenho na pele, uma tatuagem temporária que saía passados uns três dias. O A.R. estava encarregue dos desenhos e eu de limpar pincéis, controlar a fila e registar o que ele fazia. Durante os dois dias, foram quase duzentas tatuagens, feitas entre algumas (escassas) pausas. Ficaram giras, e foram feitas em tempo record. Mais uma vez, pude comprovar que o namorado é bom naquilo que faz, em tudo o que se propõe a fazer. Mas isso eu já sabia.
O que não sabia, ou pelo menos não tinha certeza era se, com todos os contratempos que já descrevi, o balanço das mini-férias ia ser positivo.
A resposta, mais do que sim, é SIM.
O chão era duro, mas adorei acordar ao teu lado.
A noite era cerrada, mas adorei fazer o caminho de mão dada contigo no escuro.
O percurso foi longo e debaixo de sol, mas adorei transportar as malas lado a lado contigo.
O trabalho foi muito, mas adorei ajudar-te no que pude e sentir que ajudei por estar lá.
Nem tudo tem de ser como planeamos para ser bom. E se nas dificuldades estiverem dois, como estão nas alegrias, então as coisas já não são tão difíceis.
Adoro-te. Em Sagres ou noutro lado qualquer.
E no próximo post, dúvidas existenciais. Não percam mesmo porque é capaz de ser o último, e já me disseram que este é que vai ser giro.
1 comentário:
Hummm... Ok!!! A minha grande preocupação com esta nossa aventura tería sido tu não teres gostado, mas se o balanço é assim tão positivo só posso dizer 'uff'!!
O chão era duro, mas nós somos mais duros ainda... A noite cerrada, as nossas mão dadas na escuridão por (infelizmente) só na escuridão poderem estar tão unidas. Não sei se viam estrelas nessa noite, talvez por estar tão cansado, mas o certo é que me senti nas nuvens pelos metros que andamos lado a lado, de mão dada e braços a pender para a frente e para trás que nem dois putos da escola... Debaixo de sol, estafados, preocupados e carregados mas acho que bem dispostos apesar de tudo... Ajudaste-me a conseguir aquilo que não tería conseguido se lá não tivesses estado (não só no trabalho).
E ajudaste-me por ter lido hoje as palavras que mais me tocaram... Talvez por terem sido aquelas palavras que me apeteceu escrever num post alusivo ao festival e não o fiz... Talvez por teres dado valor ao 'simples' facto de duas pessoas terem andado no escuro de mãos dadas só pela liberdade de se poder dar a mão na rua...
Adoro-te. Com Sagres ou sóbrio (que belo trocadilho!!).
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