Ontem fui ao
Lingo. Não ao Bingo, que frequentei há algum tempo atrás, mas ao concurso vespertino da RTP, com Tânia Ribas de Oliveira. E pode-se dizer que a coisa até nem correu mal. A experiência resume-se abaixo.
ConviteNão me lembro bem, mas pode ter sido “
No feriado vou ao casting para o Lingo, tu vais comigo.”
Ou talvez tenha sido “
Por favor, por favor, por favor, preciso mesmo que venhas comigo para ter alguma chance de fazer boa figura!”
O mais provável é ter sido algo intermédio. O facto a reter é que sim, há dois meses atrás aceitei ir com a mana ao casting para mais um concurso de televisão.
CastingFoi no espaço do Ágora, em Santos. Foi a primeira vez que lá entrei; só conhecia o antigo, da altura em que ainda andava na faculdade.
Chegámos atrasados (uns mais do que outros) mas muito a tempo de fazer os
testes de selecção. Tivemos de fazer palavras cruzadas, puzzles de palavras, encontrar sinónimos, responder a (algumas) perguntas de cultura geral. À maior parte consegui responder, mas foi-se criativo onde teve de ser. Deixei com a produção uma foto minha com uma das muitas vacas que invadiram Lisboa este Verão, e isto, aliado ao resultado muito acima da média (
cof, cof!) da minha prestação escrita garantiram-nos um lugar na sessão de ontem do programa.
PreparativosChegámos aos estúdios da Valentim de Carvalho, eu, a mana e o A.R., que nos foi acompanhar e dar (muita) força, um pouco antes da hora marcada (!). Aí já nos esperavam os nossos oponentes da tarde, o José e a Patrícia, primo e prima vindos da zona de Bragança. Vieram de longe para perder…
Entrámos, e a rapariga que nos recebeu estava com uma moca tal que metia impressão. Segundo informações posteriores das colegas, tinha mudado de medicação. Cá pra mim, a receita nova deve incluir administração de tranquilizantes para elefante misturados com LSD…
Chegaram mais membros da produção, e daí a pouco estávamos a passar pelas formalidades da praxe: preenchemos as declarações de cedência de direitos de imagem, e respondemos a um questionário sobre
hobbies e afins, e a perguntas sobre o nosso companheiro de equipa. Fui um querido e não disse nada de muito mau acerca da mana.
Entretanto fomos maquilhados, e cá pra mim, da próxima vou aceitar os préstimos do meu maquilhador privativo, porque a meio do programa a minha testa já brilhava. É o que dá quando se economiza no pó matificante. Pelo menos escapei ao destino dos nossos adversários, que ficaram os dois a parecer que tinham acabado de sair do avião, depois de uma temporada nas Caraíbas, de tão castanhos que estavam.
Ensaio
Tivemos primeiro um
briefing onde nos foi explicada a mecânica de jogo, e depois passámos ao ensaio propriamente dito, mas não sem antes nos terem colocado os microfones.
Foi um ensaio geral, com direito a praticamente tudo o que se iria passar no directo. Foi aqui que tivemos contacto com a apresentadora, a Tânia Ribas de Oliveira. Já gostava do trabalho dela desde a
Operação Triunfo, e mais recentemente n’
A Herança, e além de continuar a gostar como conduz o
Lingo, confirmou-se a impressão que além de boa profissional é uma pessoa muito simpática e acessível. Adorei vê-la e espero que continue o bom trabalho.
Foi engraçado porque o ensaio foi muito idêntico ao que se iria passar a seguir. A equipa A (que por acaso era porreira; eram os dois muito fixes) começou a ganhar, mas nós (a equipa B –
dah) conseguimos passá-los no final. A simulação da final também correu bem…
*sigh*
Acabou o ensaio e depois de retocar a maquilhagem ainda houve tempo para ir ter com o A.R., que estava a assistir por TV de circuito fechado e ir tomar um café para ajudar os nervos.
Directo
E pronto, lá assumimos os nossos lugares para o directo, eu e a mana na nossa bancada, e o A.R. na plateia, ao lado das velhinhas todas. :)
Não vou detalhar o decorrer da sessão, até porque o A.R. já fez isso no seu
blog. Como dá para perceber por aí, as pontuações não começaram bem para o nosso lado, e comecei logo a vislumbrar um destino idêntico ao fiasco (em termos de pontos) que foi o
Em Família. Felizmente conseguimos dar a volta ao resultado e até criámos, atrevo-me a dizer, algumas situações interessantes para quem estava a ver, com as reviravoltas, empates e desempates.
Mais importante do que os espectadores terem gostado ou não, foi eu perceber como da outra vez que passados os momentos iniciais deixei de me preocupar minimamente com as câmaras e apenas joguei – com o bónus de desta vez não me ter perdido em
tiques nervosos. Deixei os bichos-carpinteiros bem sossegadinhos e ali estive, sereno e compenetrado. E a responder coisas certas.
Diverti-me muito. Acho que se notou. Fartei-me de “picar” a mana e ela a mim. E apesar de só termos ganho mais 10 euros do que a outra equipa, o termos conseguido
ESMAGÁ-LOS COMO INSECTOS!!!! (pode haver aqui alguma liberdade criativa…) fez a diferença e saímos dali com o sentimento de dever cumprido. Pena não se ter conseguido fazer mais na segunda parte – no ensaio tinha corrido muito melhor – mas paciência.
Fora de brincadeiras, tenho de te agradecer, mana, por termos mesmo formado uma equipa e os dois termos conseguido passar à final. Portaste-te muito bem e fiquei orgulhoso de ti.
E tenho de te agradecer, meu A.R., por teres ido apoiar e por fazeres com que sinta sempre que estás ao meu lado.
Pode parecer estupidez para os outros, mas sinto que ontem venci mais um (pequeno) desafio pessoal. E sinto-me bem por isso.