sexta-feira, outubro 19, 2007

Pó de Estrelas

Apesar da mana do G. (que é uma querida, apesar do azar desgraçado que tem tido com a casa nova – oi, M.!) ter dito que o filme era “meh”, fui ver. E ainda bem. O “meh” de uns é o “Uau!” de outros, e para mim e para o A.R., foi.

Baseado numa novela de Neil Gaiman, Stardust é um conto de fadas para adultos. À séria. Conta a história de como Tristan Thorne se tornou um homem. E tem tudo. Comédia, drama, aventura, sátira, suspense, é só escolher.

Tristan tem 18 anos. Desde que se lembra, viveu em Wall, uma aldeia inglesa que deve o nome à muralha vizinha e que guarda do nosso mundo o reino mágico de Stormhold. Quando se apaixona por Victoria, promete trazer-lhe a estrela que viu cair do outro lado do muro; em troca, ela casará com ele. Assim, Tristan aventura-se para lá do muro – e acaba por entrar na maior aventura da sua vida.

Visualmente, o filme está fantástico. Mas mais fantástico ainda é que, contrariamente ao costumeiro, neste filme acontecem coisas. Os actores são os personagens, alguns de forma bem surpreendente, e a atmosfera é verdadeiramente de um conto de fadas e ao mesmo tempo não é artificial, por estranho que isto possa parecer. No todo, resulta, com voltas e reviravoltas... Dei por mim a pensar "mas isto passa-se assim? Tem graça, não estava nada a ver mas tem toda a lógica...", e depois afinal não era nada assim mas tinha lógica na mesma...

Ainda não li o livro, mas tenciono. Como costumo gostar mais dos originais do que dos filmes, de certeza que me espera uma leitura mágica. Com uma estrela cadente viva, bruxas, príncipes, piratas voadores, fantasmas e um unicórnio. E isto é só o começo.

Stardust é mesmo um punhado de pó de estrelas, e está aí à mão de semear.

Sem comentários: