quarta-feira, julho 18, 2007

Relato de Férias: Holanda

Em falta mas não esquecido, está outro relato de férias. Que começo por “Afinal a Holanda é em Ferreira do Zêzere”.

O quê? Eu explico. Por sugestão do A.R., decidimos ir acampar, como no ano passado. Desta vez, escolhemos um cenário de praia fluvial. Água, árvores, tranquilidade e nós os dois. Em vez de um parque de campismo tradicional, optámos por uma quinta que encontrámos na net, onde se podia montar tenda na mesma, mas mais sossegada. Ligámos a reservar a estadia, e uma senhora simpática de sotaque carregado confirmou que tinham lugares.

Quando chegámos, deparámo-nos com um sítio muito giro. Um cantinho com todas as condições, muito bem arranjado, com direito a piscina e tudo (que chegámos a experimentar). O engraçado é que assim que passávamos os portões para dentro, estávamos num lugar híbrido, português porque ali era Portugal, mas onde todos, tirando nós os dois, falavam holandês, ou alemão, ou quanto muito inglês. Não só os anfitriões, que por sinal eram muito simpáticos, mas também os campistas. Éramos os únicos portugueses! Apesar disso, sentimo-nos em casa. A sensação durante as férias foi de que estávamos a acampar no quintal de amigos.

Chegámos, montámos a nossa tenda “Sport Billy”, o que demorou exactamente dois segundos, e depois passámos quatro dias a aproveitar as instalações e as redondezas.

Fizemos um amigo, o Vasco, a figura escura nas fotos abaixo. Viajámos de carro por caminhos tortuosos, inclinados e estreitinhos, tudo um pouco acima do meu limite de conforto. Procurámos praias, e em vez disso encontrámos piscinas de rio artificiais. Fizemos os nossos grelhados de campismo, que davam refeições fantásticas à sombra das árvores. Visitámos Tomar, onde vimos entre outras coisas o Café Paraíso, patos, o ovo estrelado mais inacreditável da história dos restaurantes, a loja de vestidos de noiva do Inferno, e o “Mistério da Estrada de Sintra”. Tivemos uma serenata nocturna de música pimba à boca da tenda, a aquecer o frio da noite de S.João.

E voltámos para casa, que o tempo não deu para mais. Com a sensação de que, mais uma vez, tínhamos ido “para fora cá dentro”.


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