Ontem perdi-me. Não na rua. Na sala da casa dos meus pais.
Precisei de encontrar uma foto. Coisa rápida, aparentemente. Era só dirigir-me à prateleira das fotografias (sim, os meus pais têm uma prateleira inteira com álbuns de fotografias) e procurar, e foi o que fiz.
Dei por mim sentado no sofá duas horas depois a folhear um dos álbuns. Ao meu lado, alguns ainda esperavam a sua vez. Não porque ainda procurasse uma foto específica, mas porque me perdi no meio daquelas caras tão familiares e ao mesmo tempo tão diferentes que olhavam para mim. Muitas, felizmente, ainda fazem parte dos meus dias, outras não. Algumas já desapareceram de facto, outras desapareceram nas voltas do mundo. Todas elas, no entanto, fazem tanto parte de mim como daquelas fotografias.
A minha família já passou por muitas, muitas fases, e ainda assim, o que está patente em todas aquelas fotos é a constância. Aniversário após aniversário, Natal após Natal, as poses repetem-se, os sorrisos renovam-se. Boa parte do meu centro está ali, no que aqueles álbuns representam. Naqueles instantes, na sua maioria felizes, preservados numa superfície de papel, está muito do que me acompanhou no crescimento até à pessoa que sou hoje. E está também aquilo com que espero poder contar durante muito tempo.
Ontem perdi-me em momentos guardados no tempo. Sabe bem visitá-los de vez em quando.
Precisei de encontrar uma foto. Coisa rápida, aparentemente. Era só dirigir-me à prateleira das fotografias (sim, os meus pais têm uma prateleira inteira com álbuns de fotografias) e procurar, e foi o que fiz.
Dei por mim sentado no sofá duas horas depois a folhear um dos álbuns. Ao meu lado, alguns ainda esperavam a sua vez. Não porque ainda procurasse uma foto específica, mas porque me perdi no meio daquelas caras tão familiares e ao mesmo tempo tão diferentes que olhavam para mim. Muitas, felizmente, ainda fazem parte dos meus dias, outras não. Algumas já desapareceram de facto, outras desapareceram nas voltas do mundo. Todas elas, no entanto, fazem tanto parte de mim como daquelas fotografias.
A minha família já passou por muitas, muitas fases, e ainda assim, o que está patente em todas aquelas fotos é a constância. Aniversário após aniversário, Natal após Natal, as poses repetem-se, os sorrisos renovam-se. Boa parte do meu centro está ali, no que aqueles álbuns representam. Naqueles instantes, na sua maioria felizes, preservados numa superfície de papel, está muito do que me acompanhou no crescimento até à pessoa que sou hoje. E está também aquilo com que espero poder contar durante muito tempo.
Ontem perdi-me em momentos guardados no tempo. Sabe bem visitá-los de vez em quando.
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