sexta-feira, maio 20, 2011

Casas - Adeus à Casa da Porteira

A Casa da Porteira foi alugada, e estamos de saída.

Era um fim anunciado. Desde que o A.R. resolveu por razões pessoais voltar para o Oeste, há uns meses largos, eu sabia que este dia ia chegar. Nessa altura tinha decidido que ia aproveitar ao máximo o tempo que restava em Almada, e foi o que fiz. Foi uma decisão consciente, mas agora que esse tempo acabou, tenho de lidar com o corte abrupto. Sinto quase como se estivesse a ser posto fora de casa… E ao mesmo tempo sinto-me estúpido por me apetecer chorar, quando sabia perfeitamente que ia ser assim.

Agora queimam-se os últimos cartuchos; na segunda-feira são as mudanças e está praticamente tudo empacotado e pronto para seguir. Os (muitos) caixotes amontoam-se, as prateleiras e candeeiros estão desmontados, os móveis esperam já vazios o papel de protecção que há de os envolver até chegarem à sua nova morada. O armário da entrada está cheio da minha tralha que foi ficando por lá, e que há-de seguir durante a próxima semana de volta para a Quinta. E o ar começa a saber um pouco a abandono; arrumados que estão os tapetes e cortinas, ouve-se já o eco na maioria das divisões…

Claro que sei que o A.R., apesar do entusiasmo com a nova moradia em (re)construção, também tem pena de sair daqui, depois dos planos e sonhos para esta casa, para a casa que durante um bom tempo foi a Nossa casa… Não se leia aqui nostalgia por uma relação que já terminou. É, antes, melancolia por uma sucessão de momentos bons e menos bons, mas que nos marcaram a ambos e ficarão, acredito, gravados de igual forma nas nossa memórias e nas paredes que os viram acontecer. São momentos dos dois (e muitas vezes se calhar da vizinha do lado, que tinha uma vista privilegiada através do terraço directamente para a sala de estar) que não deixarão de nos pertencer, mas que vão ficar parcialmente presos naquele espaço, entranhados nos mosaicos, encaixados nos espaços agora vazios, impressos nas marcas em negativo das molduras outrora penduradas que irão ser escondidas pela tinta de quem vem a seguir…

É altura de fazer as minhas despedidas. Adeus, Casa da Porteira, que tenhas sorte com os teus novos habitantes. Um abraço de alguém que vai sentir a tua falta.

quarta-feira, maio 18, 2011

Casas - A Casa da Quinta

Depois de um ano e um terço à venda, retirei esta semana do mercado a Casa da Quinta. A culpa, claro, é da conjuntura (que tem as costas largas*), e das senhoras da REMAX que tantos esforços envidaram para que a casa (nunca) se vendesse. Não devia dizer isto, se calhar estou a ser mauzinho… Só porque em quase ano e meio tive o glorioso total de duas visitas à casa, uma delas enganada (“nós tínhamos pedido uma casa de rés de chão…”), e estive todo este tempo sem um contrato de mediação na mão, só para confirmar agora que sim, tinham mesmo perdido a minha papelada, depois de n vezes a dizerem-me que a cópia já tinha seguido pelo correio, e que devia estar mesmo a recebê-la…

Resignado que estou a passar mais uns anos no mesmo sítio, o próximo passo agora é fazer umas obras de modo a torná-la “casa” outra vez. Ganho em qualidade de vida e invisto em pô-la mais bonitinha, para quando as coisas melhorarem ser mais fácil vendê-la. Dava-me jeito mais espaço, mas fazer o quê? Melhor ou pior, se até agora deu assim, vai dar mais uns tempos. Vai ter que dar.


* Na realidade, a conjuntura até teve bastante a ver com a minha decisão de não vender a casa por enquanto. Com a presente situação económica, mesmo que conseguisse fazer a venda (por um preço escandalosamente baixo, claro), ia ser difícil conseguir um empréstimo para a nova, com os bancos a dificultar as coisas como estão. Antes com uma casa velha do que sem casa, né?

sexta-feira, maio 13, 2011

Outra vez Sexta-Feira 13? Julguei que já me tinha visto livre disto...

Depois de um ano sabático (ou seja, um ano em que era perpetuamente Sábado, por isso não postei) acabei por voltar numa sexta-feira… 13…


Azar para quem ainda por aqui passar!...